SÓ
Todo amor havido em meu peito
Cessou e tornou-se fagulhas
Fiquei neutro em sentimentos
Mudo diante de toda fartura
Montei quebra-cabeças pensando
Tedioso em volta de mim
Querendo um novo afago
De alguém que eu amasse
Um palhaço no pretume da noite
Contando piada aos grilos
Sem expectador para rir
Nem alguém para ouvir os gritos
Penúria maldita!
ALISSON ALVES
Todo amor havido em meu peito
Cessou e tornou-se fagulhas
Fiquei neutro em sentimentos
Mudo diante de toda fartura
Montei quebra-cabeças pensando
Tedioso em volta de mim
Querendo um novo afago
De alguém que eu amasse
Um palhaço no pretume da noite
Contando piada aos grilos
Sem expectador para rir
Nem alguém para ouvir os gritos
Penúria maldita!
ALISSON ALVES
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FELIZ
Deixa eu te sentir
Com teus olhos abertos
E tuas mãos me tocando
Com o suor caindo
O coração pulsando
Atira na lama meus medos
Mande matar minha ira
Tire de mim todo o mal
Naquele momento inerte
A vida se segue lá fora
Eu vivo aqui calmamente
A chuva nem mais me apavora
Quisera eu viver apenas assim
Com teus olhos nos meus
E com um amor que não tem fim
ALISSON ALVES
______________________________________________________
TRISTEZA E POESIA
Conheci a morte
Ela não gostou de mim
Deixou-me viver agonizando
Encontrei a saída
Detestou-me
Deixou-me preso aqui
A luz me encontrou
Rejeitou-me
Deixou-me sem ela
Faltou-me palavras
Tentei expressar
De mim sairam
Se puseram a poetar
ALISSON ALVES
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FELIZ
Deixa eu te sentir
Com teus olhos abertos
E tuas mãos me tocando
Com o suor caindo
O coração pulsando
Atira na lama meus medos
Mande matar minha ira
Tire de mim todo o mal
Naquele momento inerte
A vida se segue lá fora
Eu vivo aqui calmamente
A chuva nem mais me apavora
Quisera eu viver apenas assim
Com teus olhos nos meus
E com um amor que não tem fim
ALISSON ALVES
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TRISTEZA E POESIA
Conheci a morte
Ela não gostou de mim
Deixou-me viver agonizando
Encontrei a saída
Detestou-me
Deixou-me preso aqui
A luz me encontrou
Rejeitou-me
Deixou-me sem ela
Faltou-me palavras
Tentei expressar
De mim sairam
Se puseram a poetar
ALISSON ALVES
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FIM
Agora só me resta o vazioe sua foto em minha agenda
trazendo-me apenas boas lembranças
mas sem nenhuma inspiração
Bons tempos aqueles
de quando éramos crianças
Agora somos adultos
os tempos e sonhos mudaram para nós
Não farei mais canções
Mas as que fiz estão guardadas
Em minha memória esquecida
no meu diário, e em meu coração
Essa é a última poesia
que a ti, anonimamente eu dedico
Vamos recomeçar do zero
e voltar a ser apenas bons amigos.
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Súplica
Já estou derrotadoSou agora escravo de tua ausência
Indolor carnalmente
e infernalmente torturante
Deixe-me tê-la
mais uma vez que seja
Amenize essa dor
que agora mata minha alma
Por todos os santos do mundo
devolva-me a calma
e fique comigo animando-me
pelo menos até eu adormecer
Assim, quando eu acordar
E lembrar de você comigo
Talvez eu consiga sobreviver
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Enganador
Posso vencer um gigante
Mas não posso apenas com fé
Também tem as armas
Tem as mãos, tem os pés
Posso curar-me da mais louca enfermidade
Mas não apenas com oração
Tem o homem
O médico, o oculista, o cirurgião
Posso ser o mais rico do mundo
Mas não apenas confiando em Jesus
Tem a força, a vontade
E o Trabalho, que é a luz
Posso ser o melhor do mundo
Mas não apenas fazendo jejum
Tem bondade, a caridade
Tem o amor a qualquer um
Posso estar falando coisas sem nexo
Mas não falo por mim
Falo pelos outros
Que são enganados por ti
E nessa enganação assombrosa
Usas uma arma sagrada
Que a chama de espada da vida
A Arma que usas se chama Bíblia
E essa arma, meu caro
Um dia voltar-se-á contra ti
E verás no fogo eterno quem por ti foi enganado
Mas os verá de longe, porque nenhum estará ao teu lado
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Atraso
Passa tempo, passa hora
Vivo nesse tic-tac
Passa tudo bem depressa
Vou vivendo os detalhes
Vivo aqui só reclamando
E a vida vai passando
Só fazendo tic – tac
Ai meu Deus, ta demorando!
Mudou o horário do metrô
Não sei como vou chegar
Já estou bem atraso
Para o meu amor encontrar
Passa tempo, bem depressa
Para que eu possa estar lá
Juntinho com minha amada
Que está a me esperar
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ESPERA
Desejo a beleza de todas as flores
A sutileza de todas as cores
Para que um dia eu possa te dar
Quero que as horas passeiem
Que os sabiás gorjeiem
Para que um dia eu possa te encontrar
Na sua alma serena
Em sua pele morena
Um dia eu quero deleitar
Esperarei o tempo que for
Para dar-te todo meu amor
Espero que você o possa aceitar.
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Relógio
Pobre relógio, nunca para de girar
E mesmo que a pilha se acabe
As horas continuarão a passar
O tic-tac dá até um contraste
Nesse silêncio vazio e escuro
Semelhante a um túmulo
Que nunca mais se abrirá
Pobre relógio, nunca pode mudar de rumo
Sempre andando em frente nesse túnel
Sem fim e sem volta
Sabendo apenas que para sempre girará
Somos presos nesse tempo
Mesmo querendo nos libertar
Presos pela simples vontade
De nosso tempo controlar
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